quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Reflexões sobre a riqueza de entendimento que a linguagem astrológica através de símbolos, arquétipos e mitos pode nos oferecer...




Esta semana me surpreendi com o atendimento precário e desatencioso de um Conselho de Classe. Fiquei brava e frustrada. Mas dessa vez, reagi: resolvi tirar da gaveta um projeto que estava parado por pura falta de coragem para dar continuidade a ele. Deu certo. Me surpreendi. Mesmo. E aqui estou eu, compartilhando com vocês essas reflexões, em agradecimento ao Universo, aos que me acolheram e a mim mesmo por essa reação positiva.

Vamos lá. Vou contar a vocês uma história que me deu no que pensar...

Quando comecei este Blog, lá em 2013, a primeira postagem contava um pouco da minha trajetória de vida, de como iniciei essa jornada e do importante papel que o conhecimento da Astrologia me proporcionou e me proporciona até hoje (vejam no link "Conhece-te a ti mesmo" - "Busque a Verdade e a Verdade te libertará" ).
 
Pois bem, ao longo da minha permanência numa Casa de Umbanda, me foi ensinado que, por ser filha de Yemanjá, devia sempre evitar os espelhos durante determinados períodos a que chamamos de "resguardo". E assim os espelhos permaneciam cobertos todas as vezes em que seus filhos lhe faziam oferendas, ou, como se costuma dizer, quando seus filhos "deitavam para o Santo".  E porque? Porque o espelho de Yemanjá poderia nos mostrar coisas que não gostaríamos de ver.  Aliás, essa prática era comum para todos os Orixás e filhos de santo no lugar onde me desenvolvi.

Ora, será que não estamos vendo aqui, embutido no culto, uma crença religiosa que nos acompanha há gerações e que nos ensina que "temos" que ser bons ou receberemos o castigo dos céus? E o que é exatamente "ser bom" ?  E se não temos escolha, onde anda o tal "Livre-Arbítrio" que essa mesma cultura religiosa prega? Não estamos assistindo já há algum tempo, o desvendar do que antes era Tabu e Mistério, muito além da nossa compreensão? E não estamos vendo cair por terra esses Tabus e Mistérios, transformados agora em Verdades reveladas, que nos permitem uma maior compreensão e uma visão mais ampla e menos dolorosa daquilo que chamamos "nossa realidade".  E, não são essas revelações que nos auxiliam a abrir nossas mentes para o entendimento de que somos os únicos responsáveis por construir a nossa própria história? E, de que só cabe a nós, unicamente a cada um de nós, fazer uso livremente da nossa Vontade, de modo consciente, para alcançar as metas que estabelecemos antes de encarnar nessa realidade?

Ok, e onde entre a importância da Astrologia nesse papo todo?  Pois então, eu fui lá buscar essas respostas na Astrologia Psicológica, na Astrologia Cármica, na Astrologia Cabalística, nas teorias do Dr. Jung, nos livros de Mitologia, nos livros do Gurdjeff, do Ouspensky, da Mme Blavatsky (Nossa... quantos livros, videos e teorias ainda tenho para ler!) E, muito embora ainda distante de saciar a minha "fome" de saber, venho a cada dia alargando horizontes, e revendo minhas crenças e meus valores.  Dos que eu já consegui ler ou estudar, já consigo extrair algumas conclusões.  Uma delas, veio principalmente do conhecimento da Astrologia: juntei esse conhecimento com as outras leituras, e foi como se estivesse começando a vislumbrar uma bela imagem na montagem desse imenso quebra-cabeça que é a Vida. 

Hoje posso dizer que acredito em: 
1) Que somos nós que escolhemos nascer, em um determinado lugar, em um determinado horário e numa determinada família/cultura.  Então, o nosso Mapa Natal, é sim, o espelho de um roteiro pré-determinado de Desafios, Aprendizados, talentos, dificuldades, que escolhemos experimentar aqui. E, como não escolhemos isso sozinhos, esse roteiro inclui as Bençãos que iremos receber por méritos anteriores, por nossos esforços atuais, pelo nosso empenho, persistência, e boa vontade para chegar num lugar, que nossa Consciência-Ego não lembra mais qual é, mas que nossa Alma sabe muito bem e mantém muito bem guardado no nosso inconsciente e no inconsciente coletivo uma vez que cada ato nosso, repercute em todo o Universo.
2) Que o nosso Mapa Natal é um guia valiosíssimo para o desenvolvimento de todo o potencial que ele traz, de acordo com o roteiro que nós mesmos traçamos.
3) Que o nosso Ego, não tem que ser eliminado, mas sim, seus desejos e anseios pequenos tem que estar em equilíbrio com os grandes anseios e com a grandeza da Vontade de nossa Alma. Eles não podem estar em conflito o tempo todo, senão enlouquecemos.  O Ego não pode morrer, porque senão morremos junto com ele e impedimos a nossa Alma de realizar os seus propósitos. 
4) Que nos momentos em que conseguimos alguma vitória, por menor que seja, no equilíbrio das polaridades dos 12 Signos dentro do nosso mapa, estaremos avançando um passinho na nossa jornada evolutiva.  
5) Sim, precisamos olhar esse espelho, porque quando deixamos de enxergar, o positivo e o negativo, estamos negando a nós mesmo o direito de livre escolha. Somente quando nos apropriamos daquilo que é nosso, por pior que possa parecer, deixamos de colocar no outro a responsabilidade pelo nossos sucessos, frustrações e decepções. Só assim iremos estabelecer relacionamentos saudáveis e justos ao longo da nossa jornada.  Respeitando a nós mesmos conseguiremos atrair o respeito do outro. Reconhecendo nossas limitações, podemos nos dar o direito de superá-las. E esse é o poder do Livre-Arbítrio que o Universo nos concedeu: escolher a forma como vamos trilhar o caminho que nos foi destinado. O tanto de esforço que queremos verdadeiramente fazer para alcançar as nossas metas pessoais, sociais e coletivas. Quem vai nos cobrar isso?  A nossa Consciência - principalmente, a nossa Consciência.  
6) Que tudo o que nos acontece tem um propósito positivo, uma lição, um teste, um aprendizado necessário ao nosso crescimento.  Quando focamos nos aspectos negativos, estagnamos.  Não vamos a lugar nenhum.  Que triste! 
7) Que estamos aqui, neste planeta azul, para fazer a "Jornada do Herói" e permitir que o SOL do nosso mapa brilhe em toda a sua grandeza - a grandeza da nossa Alma. A mesma grandeza que a vida premiou com a possibilidade de corrigir os nossos erros anteriores, aprender novas lições e compartilhar aquilo em que já adquirimos alguma maestria. Premiou quando o Universo apostou em nós e nos permitiu encarnar.  

Há pouquíssimo tempo, lendo o maravilhoso livro da Mestra e Escritora Anna Maria Costa Ribeiro, entitulado MARAVILHAMENTO, que vocês podem encomendar na página da Urantiam,  juntei os ensinamentos do livro com essas conclusões a que venho chegando ultimamente, sempre atenta ao meu Mapa natal e aos trânsitos que vão ativando setores da vida, consegui entender que a minha Tarefa nessa vida é:
1) Primeiro, me libertar.  De culpas, medos, baixa-autoestima, carências afetivas, crenças limitadoras, etc..
2) E então, voltar todo o foco do meu trabalho - como Cartomante, Astróloga ou terapeuta - para uma orientação adequada aos que me procuram, a fim de que também eles descubram que  podem se libertar - de tudo aquilo que lhes impede de ser autores de suas próprias histórias; a fim de que abram suas consciências e se apropriem de todo o potencial que lhes pertence e, finalmente, para que mudem um pouco o ângulo pelo qual andam apreciando fatos ou crises. Pois assim, não tenho dúvidas, terão grandes chances de encontrar saídas criativas que lhes permitirão agir, deixando de lado "bengalas emocionais" que já não precisam mais.  

Deixo aqui essas palavras, para reflexão.
Mas deixo também um forte abraço a todos os buscadores como eu. Que vocês todos possam ao menos experimentar conhecer e viver os Mapas de vocês. 

Isabel Redig
31/08/2016